Soa de mil cornetas o clangor,
Há sinos, salvas, rufos de tambor,
Tudo em glória maior de vosso filho.
Eu, que ideias guerristas não perfilho,
Tive há bocado um ramo de estupor;
Nem as cinzas dum grande imperador
Seriam trasladadas como mais brilho.
Mas ai de vós se alguma vez, doente,
Morta de fome e a tiritar de frio,
Tiverdes que esmolar! Toda essa gente
Que a vosso filho de lauréis cobriu,
Há-de passar por vós indiferente
Ou enxotar-vos como a um cão vadio.
Ed. Bramão de Almeida
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