Pássaros negros! lúcida Saudade!
O silêncio da Altura que as invade,
Suavíssimo-serenas Harmonias!
Cítaras, que, através da Imensidade,
O lento ressurgir de épocas frias
Vão embalando, brandas e macias,
Em acordes de amor e piedade...
Ouço-as, Alma da Sombra, veludosas,
Como do Sonho às portas luminosas
A esta saudade que me faz cantar;
Ouço-as, à noite, cantam! indizíveis,
Misteriosos sons intraduzíveis!
Metamorfoses brancas do Luar!
Gustavo Santiago
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