Algas ao tanque verde a cor do rio,
Minha alma se desprende em luz, sombrio
O corpo sem entrada à porta franca.
Meus sonhos quem os fez nascer tranquilos,
Serenos? Não seria a hora incerta
Que o coração ouvisse a voz desperta
E deles não seria mais que ouvi-los.
Ó sugestão marítima perdida,
De algas e rios e o mais que à vida
Deve meu ser tornado em marinheiro,
Acorda em mim de novo a voz distante
De horizontes sem fim e a cada instante
Traz-me a paz tão roubada ao mundo inteiro.
Arnaldo França
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