quarta-feira, 7 de setembro de 2011

A poesia é um acto de insubordinação a todos os níveis, desde o nível da linguagem como instrumento de comunicação, atá ao nível do conformismo, da conivência com a ordem, qualquer ordem estabelecida.
[...]
É claro que falo do poeta e não do poetastro, do industrial e comerciante de poemas, do promotor da venda das palavras que proferiu. Falo do homem que nunca repousou sobre o que escreveu, que se recusou a servir-se a si e a servir, que constantemente se sublevou. [...]

Ruy Belo, «Breve programa para uma iniciação ao canto», Transporte no Tempo, 4.ª edição, Lisboa, Editorial Presença, 1997, pp. 19-20.

2 comentários:

j.e.simões disse...

"Que o medo não te tolha a tua mão
Nenhuma ocasião vale o temor
Ergue a cabeça dignamente irmão
falo-te em nome seja de quem for"

Belo Ruy!!!

Ricardo António Alves disse...

Belo, ainda hoje.