sexta-feira, 4 de março de 2011

MAR

És estrela e única vida.
Vida que sobe das esquinas ocultas
no mar sem águas, no mar
com águas sem sal que vêm a diluir-se
lá no fundo das distâncias mágicas!

Vida para quê?
Ó distância da vida pouco e pouco escoando-se.
Mistério do caminho cada vez mais certo?
E as auroras que eu via
e nelas me alava para as viagens futuras!

Mas não esta viagem em limite,
de passadas mutiladas.

Mar, tu és o que fica.

Osvaldo Alcântara

5 comentários:

  1. É,,,o mar fica para o poeta. E se o mar é o mar do poeta o poeta fica também mesmo que vá.

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  2. Lembrei-me do meu primeiro soneto, espia:

    Mar à benção

    Etérea, brinda-me no horizonte
    Amplitude de águas insuflantes
    Mistério, elevação explendorosa
    Ao rebordo áurea franja vaporosa

    Celestes, sobre paisagem destilada
    Estrelas flutuam-no abençoadas
    Posto ao céu delinear profundeza
    Segredos comungam em natureza

    Universo vislumbra conspirando
    Infinitos sais gotejam segredados
    Entorpece-me à visão, marejando

    Gotas abrigadas pairam imaculadas
    Sublime, hipnotiza-me o semblante
    Sua benção, meu mar, que deságua!

    (Cris de Souza)

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  3. Rose, pois fica.

    Cris, o mar como berço da vida.

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